Os desafios de abrir uma franquia em São Paulo

Os desafios de abrir uma franquia em São Paulo

Quem pensa em abrir um negócio na capital paulista precisa se atentar às oportunidades e às peculiaridades locais

A capital paulista computou 12,33 milhões de habitantes em 2020. Ávidos pelo potencial de consumo desse enorme mercado, muitos empreendedores têm o sonho de começar um negócio próprio na cidade, mas sabem que enfrentarão problemas como a escassez de bons pontos comerciais, a grande concorrência em qualquer segmento, a falta de mão de obra qualificada e a insegurança.

“E esses são apenas alguns dos entraves que serão encontrados por quem deseja empreender”, aponta a advogada especializada em Franchising e Varejo, Thaís Kurita.

Lidar com impostos, fornecedores, cálculos que determinarão a lucratividade do negócio e planilhas são outras atividades que tiram o sono do empreendedor e muitos desistem do sonho de ter o negócio próprio.

“É por isso que a franquia pode ser uma boa opção, tanto para quem não tem experiência quanto para quem já tem um empreendimento, mas deseja ter mais segurança na segunda empreitada”, explica Thaís.

Segundo Kurita, a diferença fundamental entre a franquia e o negócio independente é a transferência de know-how. Quem adquire uma franquia recebe treinamentos operacionais e administrativos, que ajudam na operação do negócio. Além disso, a franqueadora já testou a marca, sabe que ela é multiplicável e com grande chance de dar certo em diversas praças.

“O franqueado reproduzirá um negócio de sucesso. Precisará se empenhar e trabalhar muito, dentro de padrões preestabelecidos pela franqueadora, mas com a certeza de que não estará sozinho”, informa a advogada.

As oportunidades da cidade de São Paulo

A cidade de São Paulo é uma praça peculiar. Costuma-se dizer que existem várias cidades dentro de São Paulo. “Quem quiser abrirá um novo negócio precisa estudar as oportunidades da região desejada, os hábitos locais, a concorrência e o comportamento do consumidor”, ensina Kurita.

Algumas redes possuem planejamento de operações para a capital paulista com estratégias traçadas, conforme o tipo de negócio, indicando aos potenciais franqueados as melhores localidades e a forma de trabalhar em São Paulo.

“As franqueadoras costumam mapear as áreas de expansão de interesse por meio de estudos de geomarketing. Depois, elas oferecem equipes especializadas em analisar os pontos comerciais, para aprovarem o local escolhido pelo franqueado. Na maioria dos casos, o franqueado se encarrega de encontrar um ponto, mas há franqueadoras que já indicam locais. Há ainda rede que comercializam lojas próprias, há aquelas que repassam lojas de ex-franqueados e, também, há aquelas que, ao encontrar uma boa oportunidade, montam uma unidade e vendem, na prática chamada ‘chave na mão’”, explica Kurita.

Falando da dificuldade com a mão de obra, as franqueadoras saem na frente neste quesito, porque o treinamento constante é um diferencial que todas elas oferecem ao franqueado e às equipes.

“É inerente ao sistema de franquias basear seu trabalho em bom atendimento e os treinamentos fazem parte desse objetivo”, diz o diretor de marketing da Le Briju, Evandro Madeira.

Quanto à segurança, os shoppings seguem sendo a melhor opção. Nas ruas, os centros comerciais também oferecem segurança privada, o que deixa lojistas e clientes mais tranquilos.

“Muitos de nossos franqueados optam por montar lojas em shoppings e centros comerciais e estão satisfeitos, tanto pela facilidade do cliente em estacionar quanto pela segurança. A unidades de rua contam com câmeras e sistemas de segurança”, diz o CEO da Dr. Shape, Roberto Kalaes.

Dr. Shape

Das 70 lojas da Dr. Shape, rede de suplementos alimentares, apenas quatro estão na capital paulista, mostrando que São Paulo ainda é um dos focos de expansão da marca. “Há muitos bairros com grande potencial para a rede”, aponta Kalaes.

Segundo ele, a marca utiliza estudo de geomarketing que apontam a presença de negócios afins nas áreas indicadas para a abertura de uma Dr. Shape. “A presença de academias, outros comércios e escritórios é importante para o sucesso de uma Dr. Shape. Além disso, a localização do imóvel precisa ter determinadas características que, a partir de nossa experiência, potencializam o negócio. Com isso, e o público-alvo bem delimitado, sabemos que a chance de sucesso é grande”, comenta o fundador.

A Dr. Shape tem alguns formatos de negócios. A loja de suplementos pode vir acompanhada de uma clínica de emagrecimento, a Viva na Medida, que potencializa os ganhos do franqueado, ser montada apenas para a venda de suplementos alimentares e artigos esportivos, dependendo da característica do ponto, ou apenas mudar a bandeira de um negócio do segmento. O investimento inicial é a partir de R$ 200 mil.

A rede tem condições especiais para a capital paulista, com 20% desconto na taxa de franquia e parcelamento em até três vezes desse valor para novos candidatos. 

IP School – Inglês Particular  

A IP School tem duas escolas físicas na capital paulista. Além dela, há mais 12 unidades no estado de São Paulo e uma em Belo Horizonte (MG).

Voltada exclusivamente para o ensino do idioma inglês, a rede oferece aulas particulares personalizadas para até quatro alunos que já se conheçam. Todo o conteúdo é trabalhado conforme as necessidades dos estudantes, seus interesses e motivações. Assim, adolescentes podem aprender numa partida de game, por exemplo, enquanto um executivo tem o conteúdo voltado ao seu ramo de atuação, se assim desejar.

“A metodologia da IP School foi criada com base na programação neurolinguística e o nosso aluno aprende com mais interesse, de forma mais rápida e definitiva”, diz o franqueador da marca, Rauel Araruna.

Durante a pandemia, a rede passou de seis para 15 unidades. “E a capital paulista comporta muitas franquias. Temos mapeadas regiões que podem ser amplamente exploradas, tanto com escolas físicas quanto por unidades home based”, afirma Araruna.

Numa escola física, o investimento é de R$ 149 mil. Já a microfranquia é de R$ 33,5 mil, que permite ao franqueado começar o negócio em sua própria casa. “Ele trabalhará com aulas virtuais, nas casas dos alunos ou em empresas. Na pandemia, crescemos porque já tínhamos a um trabalho online forte”, finaliza Rauel. 

Fonte: assessoria de imprensa

Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias


Agência VitalCom
Rafael Gmeiner

Rafael Gmeiner

Jornalista, especialista em Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa. Atualmente é CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias. Há 20 atuando com Jornalismo e Comunicação, conta sua experiência com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites, e acumula sete anos no segmento de Franquias