Mercado de educação K-12 se mantém aquecido

Mercado de educação K-12 se mantém aquecido

Com crescimento da classe média e demanda por educação de qualidade, redes de escolas internacionais e bilíngues são negócios em ascensão

O mercado mundial de educação K-12, correspondente aos ensinos fundamental e médio, tem crescido em todo o mundo, apesar da crise econômica e sanitária que vivemos.

Segundo dados da L.E.K, empresa global em consultoria de gestão, o aumento da demanda por esse tipo de educação em mercados emergentes, incluindo o Brasil, se deve principalmente pelo crescimento da classe média nesses países e pela busca deste público por um ensino para seus filhos que priorize a língua inglesa e um currículo internacional. 

Em todo o mundo, o mercado de educação privada K-12 é responsável por movimentar aproximadamente 25 a 30 bilhões de dólares por ano. No Brasil, o setor chega a ter ganhos de aproximadamente 700 milhões de dólares anualmente.

Escola internacional e bilingue

A Sphere International School, rede de escolas inovadoras e internacionais que faz parte do Grupo SEB, mesmo durante a crise comercializou cinco unidades, que já estão em processo de implantação. Além disso, segue em negociação com outros investidores.

“Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, estamos investindo mais de R$40 milhões na ampliação da nossa unidade de São José dos Campos (SP) e a meta é abrir 40 colégios nos próximos seis anos, confirmando a tendência de crescimento desse mercado que se mostra em franca expansão”, afirma a diretora da Sphere International School, Ana Paula Seixas.

O rápido crescimento na procura por educação internacional e bilíngue nos ensinos fundamental e médio em países da América Latina também é destacado pela pesquisa.

Crescimento baseado na educação de qualidade

Muito desse crescimento se deve principalmente porque a educação internacional é apontada por priorizar uma aprendizagem holística, que enfatiza não só as hard skills, mas também as soft skills.

Por meio da sua formação, os alunos podem buscar admissões tanto em universidades fora do seu país de origem, como em instituições privadas brasileiras que aceitam o IB (International Baccalaureate, ou em português Bacharelado Internacional), ou outras formas de avaliação dentro do seu processo seletivo.

“A procura por escolas globalizadas e que atendam o aluno de forma personalizada é cada dia maior. A educação internacional assume esse desafio ao valorizar a cidadania global como um de seus principais pilares, além de estimular a curiosidade e a criatividade desenvolvendo cidadãos críticos, hábeis em diferentes linguagens e tecnologias, equilibrados e conhecedores, que buscam soluções colaborativas, criativas e inovadoras, de modo responsável e direcionadas à sociedade do futuro”, explica Ana Paula.

Outros pontos importantes que justificam a tendência de crescimento da educação privada internacional bilíngue nos países em desenvolvimento é que, na maioria dos principais mercados, o setor público não oferece educação de qualidade e ainda segue os métodos tradicionais de ensino, não enfatizando o desenvolvimento geral dos alunos.

Com a crise sanitária, as dificuldades se intensificaram, a educação pública foi severamente atingida, devido principalmente à falta de infraestrutura para se adaptar ao ensino à distância.

O que ainda está por vir?

O relatório produzido pela L.E.K destaca cinco grandes tendências que estão sendo observadas no campo da educação. Quatro delas dizem respeito especificamente ao mercado de educação K-12.

Internacionalização: aumento da demanda por educação internacional (currículo e pedagogia);

Privatização + premiunização: rendas e aspirações crescentes em mercados emergentes, alimentando a preferência por ofertas de educação privadas e premium;

Bilíngue / inglês: alta demanda para o aprendizado da língua inglesa;

Papel da tecnologia: a melhoria nas TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) alimenta o desejo de ter acesso a conteúdos e serviços;

Upskilling(aprendizado contínuo): o rápido crescimento econômico está impulsionando a demanda por qualificação à medida que surgem lacunas nesta área.

“Mesmo com tantos fatores positivos e as expectativas animadoras que impulsionam o mercado de educação infantil como negócio e que movimenta bilhões todo ano, para nós, educadores, a educação vai além das cifras, é uma responsabilidade e um compromisso que se assume desde muito cedo e que nos acompanha em uma vida toda, é um legado sobre o que queremos deixar para o mundo”, completa a diretora.

Fonte: assessoria de imprensa

Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias


Agência VitalCom
Rafael Gmeiner

Rafael Gmeiner

Jornalista, especialista em Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa. Atualmente é CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias. Há 20 atuando com Jornalismo e Comunicação, conta sua experiência com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites, e acumula sete anos no segmento de Franquias