Com 27 unidades inauguradas desde o início da pandemia, a marca oferece rentabilidade anual de até 120% sobre o capital líquido
Muitas empresas sentiram fortemente os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19. O setor de alimentação fora do lar, por exemplo, registrou queda de mais de 50% nas vendas e um terço dos estabelecimentos fecharam as portas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Por outro lado, empreendimentos que estavam com suas bases sólidas se mantiveram firmes durante o período e conseguiram, inclusive, expandir por meio de franquias.
A rede de franquia de bares Porks abriu 27 novas unidades e aumentou em 350% sua produção mensal desde o início da pandemia. O empreendimento iniciou 2020 com dez lojas pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Atualmente, a marca possui 37 unidades, também entrando na região Nordeste.
Para o fundador da rede, José Araújo Netto, a gestão estratégica do negócio foi o que garantiu sucesso neste momento de crise. “A microgestão dos gastos faz muito sentido para as pequenas e médias empresas, principalmente quando a inflação pressiona as margens do negócio”, aponta.
De acordo com a consultoria LCA, a carne suína subiu 15,1% no último ano. “Quando os insumos para a produção sofrem alteração de preço, o impacto observado é a elevação do preço final ao consumidor. Ajustar o cardápio foi a alternativa que encontramos para não precisar cobrar mais dos nossos clientes”, explica José.
Durante a pandemia, a rede adaptou o menu para reduzir custos com armazenamento e pessoal. Para isso, a casa tirou de linha os ingredientes presentes num prato só e passou a trabalhar apenas com preparos de fácil consumo, que exploram toda a versatilidade da carne de porco, e aperitivos curingas, como batatas.
“Só de bacon e torresmo, cada unidade Porks chega a comercializar 800kg ao mês, totalizando 24 toneladas em toda a rede”, destaca o empresário.
Para 2022, as expectativas são de, no mínimo, 20 novas unidades abertas e faturamento bruto de R$ 50 milhões.
A expansão planejada e iniciada em 2020 se baseia em um perfil de empreendedor que ganhe menos de R$ 10 mil por mês e tenha recursos disponíveis para investir em uma franquia. Nesse contexto, Araújo Neto cita 10 características que um futuro empreendedor precisa considerar antes de ingressar nesta vida: senso de negócio; capacidade de tolerância; flexibilidade e capacidade de adaptação; visão empreendedora; habilidade para resolver problemas; relacionamento interpessoal; liderança; questionador; corajoso; e, por fim, alta capacidade de aprendizagem.
“Desenhamos um modelo de franquia que dá mais liberdade ao franqueado, inclusive no marketing, já que há inúmeras diferenças sobre como fazer isso nas diferentes regiões do País, além de uma taxa fixa de royalties, baseada no padrão de mercado”, finaliza o executivo.
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
