O second hand, além de ser uma alternativa mais barata para se vestir bem, é uma fonte de renda extra pelo aumento da procura pelos consumidores
O mercado second hand (segunda mão) no qual estão inseridos os brechós tem expectativa dobrada de crescimento. Segundo uma pesquisa da empresa de análise de varejo GlobalData e da loja online de revenda de roupas, ThredUp, até 2025 o setpr deve movimentar US$ 51 bilhões, contra os atuais US$ 24 bilhões.
Em 2016, nos EUA, 44% das pessoas já tinham comprado uma peça de segunda mão. Já em 2018, este número subiu para 64%, impulsionado pelas gerações Y e Z (pessoas nascidas entre 1980 e 1995; e entre 1996 e 2010, respectivamente), o que fez este o segmento de second hand expandir mais do que a indústria de luxo.
Seis em cada 10 consumidores compraram algum item de segunda mão entre 2018 e 2019, conforme levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Contudo, dois fatores foram os impulsionadores do mercado, o primeiro é a mudança no perfil do consumidor; e o segundo, é situação da economia brasileira nos últimos anos.
Apesar do Brasil não dispor de estimativas sobre o faturamento dos brechós e de empresas do nicho, muitas empresas estão crescendo, tanto pelo e-commerce, como pelo setor de franquia.
A rede de brechós brasiliense Peça Rara, que viu seus clientes aumentarem durante a pandemia, expandiu e chega na cidade de São Paulo (SP). Nos meses de setembro e outubro deste ano, a marca obteve altas de 8,38% e 18,67%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2019, representando os maiores faturamentos da empresa.
A primeira unidade paulistana, que será inaugurada no dia 28/11, vem com conceito inovador, loja ampla, com três pavimentos, modelo de consignação e vendas somente nas lojas, sem canais online.
A unidade de São Paulo começará exclusivamente com os nichos feminino e infantil, sempre com peças em ótimo estado, que muitas vezes nem foram usadas.
“Decidi trazer o Peça Rara para a capital paulista porque a franquia oferece essa experiência de compra que alia a reutilização sem abrir mão da qualidade. Além disso, também proporciona facilidade para quem quer passar à frente objetos que não usa mais sem ter trabalho, sem ter que perder muito tempo com isso. Bastar trazer a peça para avaliação. A partir do momento em que selecionamos as peças, cuidamos de todo o restante”, destaca o franqueado, Guilherme Lima.
Expansão
A inauguração faz parte do projeto de expansão da marca, que tem uma loja recém-lançada em Recife e abrirá duas novas lojas em Goiânia e Cuiabá. “O consumidor se abriu de vez para o mercado de segunda mão quando percebeu que podia encontrar a mesma qualidade, as mesmas marcas e inúmeras opções por preços muito mais baixos. Junta-se a isso a conscientização dos mais jovens sobre os impactos do consumo sustentável”, finaliza Guilherme.
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
