CEOs de empresas familiares, startups e PMEs descobriram que compartilhar decisões é menos estressante e muito melhor para a expansão
Em alguns setores ainda resiste a ideia de que conselho é coisa para empresa grande ou de capital aberto. Mas, as empresas familiares, founders de startups e CEOs de pequenas e médias começam a descobrir que compartilhar decisões é menos estressante e muito melhor para a expansão.
Eles percebem que um bom conselho enriquece as discussões, encontra soluções inovadoras para os problemas, melhora as oportunidades de crescimento e pode até gerar novos negócios.
Mas, e no caso de uma rede de franquias, será que faz sentido formar um Conselho? Na verdade, uma rede de franquias é uma empresa como outra qualquer, sendo assim, faz total sentido que as decisões estratégicas sejam colegiadas, afinal, uma franqueadora enfrenta tantas particularidades que o conselho pode ser ainda mais necessário do que em outros modelos de negócio.
Em tese, conselheiros auxiliam na implantação de uma gestão responsável, transparente e ética; no combate a preconceitos e corrupção; no estabelecimento de normas de relacionamento e comunicação com clientes, fornecedores, funcionários e outros stakeholders; na promoção de uma cultura organizacional sólida; e no gerenciamento riscos.
Por isso, os conselheiros da Associação de Conselheiros TrendsInnovation do Brasil (ACTIB), especialistas nas melhores práticas de Governança, elencaram cinco vantagens para as redes criarem seus conselhos.
Limites nas atribuições
Todo franqueado se sente um pouco dono da marca, pois é ele quem recebe os elogios do consumidor, mas, também, acolhe reclamações quando algo dá errado. Por isso, se sente no direito de pensar na marca como se fosse sua. O conselho pode ajudar na difícil tarefa de estabelecer limites nas atribuições de franqueador e franqueados.
Garantia de Qualidade
A rede de franquia precisa garantir que a mesma qualidade de atendimento, de produtos ou serviços será oferecida em todas as lojas. Tanto franqueador, quanto franqueado devem se preocupar com as expectativas dos consumidores. Contar com conselheiros gabaritados em transformação digital, branding, varejo e logística fará toda a diferença.
Estratégias para a rede
O Conselheiro vai imprimir um diferencial às discussões e às estratégias que serão pensadas para a rede, que pode contar com conselheiros adequados aos seus objetivos. Embora, todo conselheiro deva ser um profissional generalista, ele pode ter mais afinidade com áreas como varejo, comunicação e marketing, finanças, gamificação, tendências comportamentais, sucessão familiar, sustentabilidade ou transformação digital, entre outras.
Proteção de dados
Um conselho com experiência em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) pode contribuir para proteger os dados da rede de franquias, dos franqueados e do consumidor final. Essa cadeia de proteção precisa ser muito bem orquestrada e um conselho experiente contribui bastante para isso.
Inovação
Os franqueadores precisam se preocupar com inovação, acima de qualquer coisa. Mas, como a gestão das redes pode ter ideias inovadoras enquanto lida com demandas de franqueados, com fluxo de caixa, pagamento de impostos ou com a logística? Ter um conselho dedicado a pensar no futuro é uma ótima saída para essa difícil equação.
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
