Muitas mulheres estão percebendo que empreender, como franqueadoras ou franqueadas, é uma saída para conciliar trabalho com os filhos
A maternidade traz novos desafios às mulheres e um deles é conciliar carreira e a criação dos filhos, por isso, muitas veem no empreendedorismo a oportunidade de equilibrar essa conta. De acordo com uma pesquisa feita pela Rede Mulher Empreendedora (RME), 68% das donas de negócio do País começaram a empreender depois de terem filhos.
E histórias de mães que começaram no mundo dos negócios em busca de flexibilidade de horários e sucesso profissional, não faltam.
Carina Soares de Oliveira, franqueada da Sofá Novo de Novo, e mãe de duas crianças, entrou para a rede durante a pandemia com intuito de ter mais flexibilidade no horário para poder ficar mais tempo com a sua família. “No começo foi difícil conciliar as aulas online dos dois, trabalho e casa. Ficamos sem sair de casa em home office e, ainda hoje, é difícil, pois eles querem brincar o tempo todo. No entanto, atualmente uso o período da manhã para ajudar nas aulas online, responder as redes sociais e o whatsapp. Ainda conto com uma equipe para realizar o trabalho na casa dos clientes, então, fico administrando tudo”, explica.
Já Andrea Neris atua no ensino de idiomas há mais de 20 anos. Em 2020, ela decidiu empreender e abriu uma franquia da Park Education, principalmente para poder conciliar a vida de mãe e todas as demandas do lar. Estar mais presente, fisicamente e emocionalmente, em casa possibilitou que ela melhorasse a qualidade de seus relacionamentos interpessoais, não apenas com sua própria família, mas também com colaboradores e até com sua rede de negócios.
“Tenho um escritório em casa e isso me possibilitou ampliar o relacionamento com várias outras entidades porque consegui otimizar o tempo”, comenta a Andrea.
Desde 2018 à frente de uma franquia da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas, Maria Cecília Lora, 73 anos, aproveitou o negócio para empreender junto com a sua filha, Tatiana Daher. “Dividimos as tarefas, de acordo com nossas competências. Chamá-la para empreender junto foi importante, inclusive, para descobrir algumas qualidades dela que eu não conhecia. Muitas vezes nossas diferenças nos ajudam a tomar decisões mais adequadas. Eu sou mais emoção, ela é mais razão, no entanto, também é preciso separar a relação mãe e filha, para preservar as diretrizes e os objetivos da empresa, independentemente dos nossos laços familiares”, comenta.
Em 1996, a carioca Regina Jordão contrariou amigos e familiares e apostando em um negócio que, a princípio, não parecia ser boa ideia: um instituto de depilação no Rio de Janeiro. Maluquice aos olhos de uns, mas não para a filha Alessandra Jordão, que abraçou o sonho da mãe e colocou a mão na massa logo cedo. Ela panfletava com as amigas depois da aula e aprendia tudo sobre o negócio no seu tempo livre, até se tornar o braço direito da mãe. Hoje, a Pello Menos conta com 45 lojas divididas entre os estados do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.
Força e calma é o que a empresária Núbia Manarim, franqueada da Suporte Smart há mais de três anos, recomenda para outras mães empreendedoras. “As coisas realmente não são tão fáceis quanto aparentam, mas cada conquista, cada lágrima, vale muito a pena. Chegar em casa cansada, ter mil coisas para fazer e ver nossos filhos cheios de orgulho e perguntando sobre o nosso dia é, sem dúvida, muito recompensador”.
Ela mostrou como administra a vida de mãe e empreendedora. “Há fases complicadas, de muitas vezes ter que negar um tempo com minha filha para poder, em outro momento, proporcionar algo melhor para ela e para nossa família, mas logo em seguida vem a fase boa”, comenta Núbia.
Motivada a ficar mais tempo com a filha de dois anos, Priscila Cabral, decidiu empreender para ter mais flexibilidade nos horários. Ela é franqueada da PremiaPão, rede de anúncios em sacos de pão. “Em São Paulo gastamos muito tempo em deslocamento, então, trabalhar nove horas e gastar mais três horas de trânsito todos os dias, me impossibilitaria de ficar com a minha filha, de vê-la crescer e se desenvolver”, conta
Para conciliar o empreendedorismo com a maternidade, ela aposta na organização. “Estabeleci uma rotina e horários bem definidos, programando as atividades diárias e semanais. Meu esposo tem um horário de trabalho que me possibilita dedicar ao negócio. E a minha dica para mulheres que estão na mesma situação é comecem. Empreender envolve muito trabalho e dedicação, mas é recompensador. A flexibilidade de horário, ou até mesmo não ter um chefe no pé, nos deixa mais tranquilas para administrar nossas várias funções de mãe, esposa, filha, empresária, entre outras”, diz Priscila.
Proprietária de uma unidade da Doctor Feet, rede de podologia e venda de produtos ortopédicos, em São Paulo, Aline Miessa tem uma rotina intensa. Mãe de dois filhos, ela conta que conciliar empreendedorismo e maternidade, nos dias de hoje, é uma “loucura boa”, da qual qualquer mulher é capaz. “No último ano, aprendi que trabalhar de casa pode ser até melhor. Eu consigo render mais que na loja, ter mais tempo para cuidar da minha família, porém, com isso, treinar a equipe e delegar funções, foi um desafio”, conta a empresária.
Rosana Braem não hesitou em abandonar seu emprego como diretora de arte em uma grande emissora de televisão para passar mais tempo ao lado de sua filha, assumindo assim sua faceta de confeiteira já que, desde a época da faculdade, se virava vendendo cookies e outros doces para os colegas. Em 2013 abriu a primeira loja do Bendito, rede especializada em cookies, brownies e cafés, no Rio de Janeiro, que hoje conta com sete unidades, entre lojas de rua, shopping e quiosques.
Fonte: assessoria de imprensa
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
