3 pilares para empreender antes dos 30

3 pilares para empreender antes dos 30

Franquias sem ciladas

Cinco jovens franqueados mostram que para conquistar o sucesso é preciso ter foco, maturidade e muita dedicação

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 8 milhões de jovens brasileiros, de um total de 23,9 milhões, são donos do próprio negócio, sendo um em cada três, entre 18 e 24 anos, que já possui a sua empresa.

O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) estudo coordenado pelo IBPQ, em parceria com o Sebrae verificou que 30,5% dos brasileiros dos jovens de 25 a 34 anos foram os mais ativos na criação de novos negócios, seguidos pelos jovens entre 18 e 24 anos, com 20,3% de novos empreendedores.

No Mundo das Franquias a realidade não é diferente. Cada vez mais, as redes possuem jovens investidores capacitados à frente de unidades franqueadas. “Engana-se quem acredita que, atualmente, todos os jovens amadurem mais tarde. Presencio cases de franqueados de 25 a 30 anos com histórias dignas de fazer inveja a empresários com 30 anos de carreira”, diz a advogada especializada em franchising e varejo, Thaís Kurita.

Ela ainda mostra porque é vantajoso para as redes contarem com perfis empreendedores mais novos. “Assim como os franqueados com perfil sênior traz a experiência, os jovens oferecem a facilidade de adaptação, por não terem vícios do mercado de trabalho; são flexíveis, porque aceitam com mais facilidade a diversidade e a modernidade; e já são digitais, por natureza. Esse contraponto na composição da rede franqueada é muito importante para enriquecer os negócios”, enfatiza Thaís.

Quatro redes apostam neste novo perfil de investidor para fazer com que suas marcas cresçam cada vez mais.

Dr. Shape Suplementos
 
Focado no negócio, o franqueado da Dr. Shape Suplementos, Thales Meira, 25, de Poços de Caldas (MG), em 2018 transformou seu planejamento de vida após conhece a rede. “Eu já tinha uma carreira traçada, porque ser funcionário público me traria estabilidade pelo resto da vida. Mas a vontade de trabalhar no segmento de suplementos me fez redirecionar tudo. Em 2018 encontrei a franquia e decidi mudar de vida. Meu pai, que é funcionário público, entrou comigo na sociedade”.  

Mesmo com a queda causada pela pandemia, o empreendedor segue com seu negócio. “Estávamos superando as metas, mas no mês de abril tivemos 70% de queda no faturamento. Tive que fechar a loja e seguir atuando com delivery. Em julho mudei o ponto comercial, porque não houve flexibilização do aluguel, o que me trouxe outro prejuízo financeiro já que precisei de investir em uma readequação estrutural. Mas não desisti, pois, o negócio é bom e o investimento valeu a pena. Estamos conquistando novos clientes, que agora conhecem a marca por nosso esforço de vendas por telefone e Whatsapp.
 

IP School

O engenheiro de Segurança do Trabalho, Bruno Braga, 27, há um ano abriu a unidade franqueada da IP School, em Mogi das Cruzes (SP). Ele que passou a trabalhar de forma autônoma com consultoria em sua área, viu que poderia investir na rede. “Eu conheço a marca desde 2015, por minha prima que tem ligação comercial com a empresa. Eu tinha 27 anos e trabalhava em indústria, na área de saúde do trabalho. Então observada a marca de longe, acompanhando seu desenvolvimento. Depois de sair do meu emprego percebi que, trabalhando para mim, era possível conciliar outras atividades. A franqueadora me ofereceu a unidade, que foi repassada pelo antigo proprietário, e assumi junto com minha amiga, Marília Ignez”, conta.

Os jovens assumiram a unidade franqueada e já começaram o negócio cheio de planos e novidades. Com isso, os resultados apareceram rápido, sendo que em apenas três meses dobraram o número de alunos matriculados. “A primeira coisa que fizemos foi uma reforma estrutural e estética na escola. Depois, mudamos a maneira como os alunos eram contatados e as áreas administrativa, comercial e pedagógica. Ficamos bem mais próximos dos alunos”, diz o jovem franqueado.

O isolamento social causado pela pandemia também prejudicou o faturamento da unidade, mas eles seguem com alta expectativa. “Foi um período difícil, porque muitos alunos não tinham como pagar suas mensalidades, outros não conseguiam pensar em estudar. Mas, agora, as coisas estão voltando ao normal e já retomamos as atividades. Vamos focar na captação de novos alunos e ampliar nossa presença nas mídias digitais, onde estamos cada vez mais fortes. Tudo é diferente aqui e o aluno realmente aprende. Então, sabemos que, com empenho, temos o sucesso pela frente”, finaliza o Bruno.

MicroPro

Thaís Elespão, 25, mãe e formada em Ciências Econômicas, já construiu uma trajetória de exemplo para muitos adolescentes que pretendem ter seu próprio negócio. A franqueada da MircoPro, na cidade de Jacareí, começou como atendente de telemarketing na rede, mas poucos meses depois, foi promovida e depois se tronou franqueada. “Eu morava e trabalhava em Indaiatuba (SP), mas quando procurei os responsáveis pela rede para abrir uma unidade, mudei de cidade, algo que me marcou pois precisei me estabelecer. Mas, com auxílio da MicroPro, consegui comprar um apartamento em Jacareí, investi na unidade franqueada e estou muito feliz com a franquia”, comemora.

Hoje ela coordena uma equipe com oito colaboradores e utiliza tudo que aprendeu como funcionária da rede para ser uma boa liderança. E tem expectativas claras com a marca. “Aprendi muito durante a minha trajetória. Procuro agir equilibrando razão e emoção. Quero abrir cinco escolas dentro da rede, mas, no momento, pretendo chegar a mil alunos aqui em Jacareí. A escola comporta este número de alunos e temos estrutura para isso”, finaliza.


Pinta Mundi Tintas

Luana e Gustavo Rocha, dois jovens empreendedores, de 27 e 28 anos, respectivamente, decidiram recentemente abrir uma franquia da Pinta Mundi Tintas, em Sumaré (SP). “Recebemos todo o suporte da franqueadora, com treinamentos técnicos e operacionais, estamos muito entusiasmados e queremos atender o público de nossa cidade de forma personalizada”, explica Gustavo.

Ambos trabalhavam no segmento de eventos e, por conta da pandemia, ficaram em situação profissional delicada quando o mercado sofreu forte impacto. “Ambos trabalhávamos na empresa de minha família e os eventos simplesmente foram cancelados. Foi então que decidimos conhecer algumas franquias, em segmentos diferentes. Chegamos a ter reuniões com marcas de roupas e cosméticos, mas não nos identificamos. Ao conhecer Pinta Mundi sentimos que o negócio tinha muito a nos oferecer”, comenta Luana.

Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias


Agência VitalCom
Rafael Gmeiner

Rafael Gmeiner

Jornalista, especialista em Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa. Atualmente é CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias. Há 20 atuando com Jornalismo e Comunicação, conta sua experiência com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites, e acumula sete anos no segmento de Franquias