Professor da Escola de Negócios da PUC-Rio explica como tornar a relação franqueador e franqueado mais equilibrada
Com um cenário econômico ainda muito instável, e com a retomada, muitos empresários precisaram se reinventar, inclusive no setor de franquias.
Após um ano de forte crise e mesmo com os bons números acumulados pelo franchising em 2021, no ano passado o mercado teve queda no faturamento de 11,4%, segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising). As restrições em atividades de prestação de serviços em estabelecimentos como shoppings e centros comerciais foram fatores que contribuíram para o baixo desempenho.
De acordo com a pesquisa da ABF, ao passo que 1,4% dos franqueados fecharam as portas no 1º trimestre de 2021, houve aumento de aberturas de novas unidades de 3,3%. “Até o momento, mantemos a perspectiva de uma recuperação robusta e expansão de cerca de 8% ao final de 2021″, afima o presidente da instituição, André Friedheim.
Contudo, o quadro ainda é bastante desafiador, e a relação entre franqueador e franqueado é cada vez mais complexa, principalmente, em shoppings centers, onde uma instalação requer mais investimento, que pode ser declinado devido as diversas e altas despesas destes espaços.
O professor e especialista em franquias do IAG (Escola de Negócios da PUC-Rio), Jorge Duro, explica que o franqueador pode ajudar na escolha de um bom ponto dentro do shopping para o franqueado. “Este movimento faz parte do processo de fechamento de um contrato. No entanto, as despesas com publicidade, royalties, administração, aluguel do espaço e pessoal, entre outras, são todas por conta do franqueado”.
Jorge argumenta que, nesse momento de crise, o franqueador possui muito mais poder de fogo do que o franqueado, justamente por ter unidades localizadas em diversos shoppings.
Ele ainda ressalta que a união entre as partes na negociação com a administração do shopping é uma medida que contribui para facilitar este momento. “O franqueado pode, por exemplo, solicitar a ajuda do franqueador para negociar taxas, principalmente após a instalação”. Além disso, um bom relacionamento é muito vantajoso para os dois lados, especialmente porque o franqueado precisa contar com a experiência do franqueador na identificação de pontos comerciais.
Fonte: assessoria de imprensa
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias