5 dicas antes de começar outro negócio

5 dicas antes de começar outro negócio

A inteligência emocional ajuda, em especial, quem faliu um negócio como aprender a lidar com as próprias emoções e utilizá-las em benefício próprio

Entre os efeitos da pandemia está o aumento do número de pedidos de falência. De acordo com a Boa Vista, empresa de crédito que reúne informações comerciais e cadastrais de mais de 130 milhões de empresas, em 2020 estas solicitações saltaram 12,7% e as falências decretadas cresceram 1,9%.

Com isso, muitos empreendedores tiveram de partir para uma nova jornada e abrir outra empresa para ter uma nova fonte de renda. Mas será que engatar um negócio em outro, sem lidar com as emoções abaladas pelo estresse da recente falência, é uma boa tática para o futuro desse negócio?

“A maioria das pessoas não tem clareza sobre o que sentem. Isso, muitas vezes, prejudica a tomada de ações e decisões”, comenta o psicólogo especializado em avaliação de desempenho e comportamento em gestão e liderança, Wanderley Cintra Jr.

A falência de um negócio, por exemplo, pode gerar muitas emoções negativas, como medo, frustração, insegurança, tristeza. Não entender estas questões, ou sequer saber lidar com elas, pode colocar em risco um negócio inciado.

“Toda empresa, por conta de suas responsabilidades, gera uma forte carga emocional no empreendedor. Com a falência, isso se potencializa e, às vezes, faz com que a pessoa tome muitas decisões erradas, prejudicando o futuro do novo negócio”, diz Wanderley.

Inteligência emocional

Por isso, ele ressalta a importância da inteligência emocional neste momento delicado e dá algumas dicas sobre o que fazer. E a primeira delas é não romantizar essa nova etapa.

O aprendizado gerado pela experiência anterior é válido, mas isso não garante o sucesso do negócio. “Muitas vezes, as pessoas romantizam o processo de empreender, não esperam por dificuldades já enfrentadas anteriormente ou acham que elas serão mais simples agora. Isso pode gerar uma frustração muito grande”, comenta.

Olhar para a causa e ação é a segunda. Para quem vai começar um novo negócio e já lidou com muitos erros no passado, mas quer evitá-los no futuro, Wanderley recomenda fazer três perguntas: qual é o fato? Quais são as possíveis causas? Quais ações podem ser colocadas em prática para mudar essa realidade?

“A nossa personalidade funciona de modo repetido. É comum as pessoas repetirem muitos movimentos ao longo da vida, o que faz com que os erros também se repitam. Para a sustentação do negócio é necessária muita racionalidade impedindo que o processo não fuja do seu controle emocional e você possa evitar erros do passado”, explica.

A terceira é focar naquilo que se faz muito bem. Segundo o psicólogo, a rotina de quem abre uma empresa é, muitas vezes, solitária. Por isso, a pessoa acaba lidando com várias atividades, como contabilidade, administração, logística.

“É muito difícil ser bom em tudo o tempo todo e, vindo de uma falência, pode passar a sensação de que a pessoa não está fazendo o seu melhor ao ponto de comparar o novo negócio com o fracasso do anterior”, orienta o especialista.

Portanto, a dica é focar no que se faz melhor e dedicar mais tempo para isso. “Desta forma, emocionalmente, o empreendedor vai se sentir mais satisfeito e motivado para evoluir as etapas do seu negócio”, indica.

Resiliência e paciência

A quarta orientação é ter mais paciência e resiliência. Ao começar um negócio, o empreendedor pode ter certa dificuldade para aceitar que voltou à “estaca zero” e, com isso, querer agilizar o processo de crescimento. “A falta de paciência, de entender que tudo tem seu tempo, pode gerar muita ansiedade nessa pessoa e atrapalhar o desenvolvimento do negócio”, destaca Wanderley.

Quanto à resiliência, é entender que dificuldades e outras crises virão. “Saber lidar com elas e, consequentemente, com as emoções geradas, está diretamente relacionado ao desempenho do empreendedor e ao sucesso do negócio”, acrescenta.

Por fim, planejar o novo negócio em três cenários: pessimista, realista e otimista. “O empreendedorismo é um jogo de expectativas. Traçar vários cenários e saber das condições que podem te levar a cada um desses caminhos ajudará no decorrer do processo e, principalmente, na hora de lidar com as emoções e situações, caso elas não saiam da melhor maneira possível”, finaliza o psicólogo.

Fonte: assessoria de imprensa

Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias


Agência VitalCom
Rafael Gmeiner

Rafael Gmeiner

Jornalista, especialista em Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa. Atualmente é CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias. Há 20 atuando com Jornalismo e Comunicação, conta sua experiência com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites, e acumula sete anos no segmento de Franquias