Algumas redes adotaram estratégias durante o isolamento social para seguir em atividade, com segurança à saúde
Devido à pandemia causada pela Covid-19, a maioria das empresas tiveram que fechar suas portas, principalmente para evitar a aglomeração de pessoas, uma das principais formas de propagação e transmissão do vírus. Ao mesmo tempo em que cumpriam as medidas estabelecidas pelos governos em cada região do País, muitas delas tiveram que se atualizar, seja para se manterem no mercado ou mesmo continuarem crescendo e faturando.
Empresas que decidiram continuar funcionando, mas com outros modelos de serviços, conseguiram crescer nesses meses. De acordo com a Fundação do Getúlio Vargas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) aumentou 16,2 pontos no mês de junho, alcançando 77,6 pontos, a maior variação positiva da história. Esses dados mostram que a indústria aos poucos vai voltando ao seu normal.
Rede de corretora de seguros Seguralta não parou com o trabalho. Muito pelo contrário, após o decreto de isolamento social, a rede adotou o modelo home office para todos os funcionários. Antes da pandemia, somava um faturamento de R$260 milhões no semestre e, atualmente, esse valor aumentou para R$300 milhões, mostrando que o mercado de seguros foi um dos segmentos mais valorizados durante esse período. “Esse crescimento da rede se deu devido às ações e planejamentos que já tínhamos antes da pandemia, então quando ela chegou, já estávamos preparados”, comenta o diretor comercial da rede, Nilton Dias.
Outro setor que cresceu durante a pandemia, foi o de alimentação. O Brasileirinho Delivery, rede especializada em comida típica brasileira, cresceu 3,5% na procura pelo serviço, mostrando que o brasileiro mesmo em isolamento social, continua pedindo comida por aplicativo. “O crescimento da rede durante esse período foi excelente, o Brasileirinho Delivery está faturando cerca de R$ 4,5 milhões mensalmente”, comenta sócio da rede, Jhonathan Ferreira.
Já a rede N1 Chicken, especializada em delivery de frango frito, teve um incremento de 60% no faturamento durante o período de isolamento social. “Desde a primeira semana que foi aconselhado o isolamento, nossas vendas cresceram consideravelmente”, pontua o gerente de expansão da marca, Luiz Henrique Castro.
O segmento de estética, também conseguiu se manter e algumas empresas inclusive cresceram durante a pandemia, como é o caso da Phi Concept, rede especializada em procedimentos estéticos faciais, que registrou crescimento no faturamento de 52% nos meses de pandemia e de 35% se comparando o primeiro semestre de 2020, com a média anual de faturamento de 2019. “Para conseguirmos esse crescimento, facilitamos as condições de pagamentos, focamos na comercialização de pacotes de procedimentos complementares e nos programas de relacionamento e na fidelidade com os clientes e com os profissionais da área de beleza que indicam os nossos serviços”, comenta o CEO da rede, Richard Mendonça.
Já no setor de limpeza, embora as pessoas tenham ficado receosas em receber prestadores de serviços em casa, ou mesmo nos ambientes corporativos, a higienização e limpeza em residências e de empresas é um fator essencial, uma vez que é uma das maneiras de evitar o contágio da Covid-19. A rede de franquias Mary Help, rede para seleção e intermediação de diaristas e mensalistas, por exemplo, já está praticamente recuperando seu ritmo, atingindo cerca de 80 a 90% do faturamento que possuía antes da pandemia.
Para manter esse crescimento, uma das saídas foi o lançamento do tratamento para sanitização de ambientes que reduz a chance das pessoas se infectarem por vírus – incluindo o novo coronavírus, bactérias e fungos. O serviço foi lançado no início da pandemia e foi importante para a retomada da rede.
“Nosso faturamento chegou a cair 70% no início da quarentena, os clientes tinham receio de ter diaristas em casa. Foi daí que encontramos uma maneira de lançar um serviço que ajudaria a aumentar nosso faturamento e que ajuda as pessoas no combate ao novo coronavírus. A desinfecção feita de forma correta é uma das formas mais eficientes de proteger as pessoas, tendo em vista que o contágio pela Covid-19 se dá, justamente, pelo toque e contato com superfícies contaminadas”, explica o fundador e diretor da Mary Help, José Roberto Campanelli.
Já a Arena Baby, rede especializada em brechó infantil, percebeu um espaço a ser ocupado por meio do isolamento social. Com as portas fechadas, a marca passou a comercializar suas peças nas redes sociais, além da criação de um marketplace. “Logo no primeiro dia que anunciamos as vendas online, recebemos mais de 100 mensagens de mães querendo comprar os produtos divulgados”, comenta o gerente de operações da rede, Gustavo Andreoli.
Hoje, com três meses da reabertura das lojas, notou-se crescimento constante pela busca de produtos. “Nos primeiros dias tivemos lojas atingindo excelentes resultados, enquanto outras sentiram mais impactos. Hoje, cerca de 70% das unidades já estão faturando igual, ou acima do normal quando compararmos o período pré-Covid”, pontua Gustavo.
Outro segmento que está ganhando força com a reabertura do comércio é o de educação. O Instituto Gourmet, rede de ensino profissionalizante em gastronomia, teve crescimento de 76%, desde a volta das aulas presenciais. “Durante esse período de isolamento percebemos que houve mais proximidade com o franqueado e alunos. Procuramos utilizar isso a nosso favor, incorporamos em nossa rede o ensino híbrido e a aceitação está alta”, comenta Gláucio Athayde.
Fonte: assessoria de imprensa
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
