Segundo especialista a estratégia possibilita conversar com as pessoas, saber o que pensam, dúvidas, desafios e sonhos, sendo possível criar campanhas e ações mais direcionadas
Um fato é que as redes sociais, se bem utilizadas, proporcionam engajamento assertivo com o consumidor. E não é de hoje que as empresas utilizam plataformas de relacionamento para ganhar seu público. Contudo, em meio à pandemia causada pelo coronavírus, quem não utilizava esta mídia de forma assídua, passou a dar mais valor para isso.
Entretanto, sempre é preciso ter planejamento e estratégia para fazer as ações nas redes sociais e, além disso, utilizar todas as ferramentas que elas oferecem, em especial, os grupos. Há uma infinidade de redes para qualquer tipo de marca e de público, que ao serem bem exploradas podem alavancar o faturamento de um negócio.
O site Resultados Digitais, empresa referência em Marketing Digital, lançou no início do ano um ranking das redes sociais mais utilizadas no Brasil e no Mundo e oferece insights e materiais gratuitos para auxiliar os negócios nesta empreitada.
A especialista em Marketing Digital e Vendas, Monica Lobenschuss, ressalta a importância do uso de grupos nas estratégias das empresas. “Eles já eram importantes, pois sempre facilitaram a proximidade com as pessoas. Mas agora, com o distanciamento social, são a melhor estratégia para colocar as marcas, literalmente, nas mãos dos clientes, com mais engajamento e possibilidade de conversão de vendas”, comenta.
Monica ainda sinaliza que os empreendedores podem atrair ainda mais o seu público. “Além disso, os grupos possibilitam conversar com as pessoas e saber o que estão pensando, suas dúvidas, desafios e sonhos. Dessa forma, é possível criar campanhas e ações mais direcionadas. Outro aspecto é que, com a impossibilidade de fazer eventos e reuniões presenciais, os grupos digitais ganharam mais relevância ainda”, afirma a especialista.
No mundo das Franquias, as redes também já utilizam os grupos das redes sociais para se aproximar cada vez mais de seus consumidores, gerar novos leads e aumentar suas vendas, engajando e fidelizando seus clientes.
Na rede de balas e doces Fini, após o fechamento dos shoppings, os franqueados começaram a vender o estoque de balas que já estavam abertos (se atentando à validade) em um período entre 15 e 30 dias e com desconto. Um destes franqueados, de São Paulo, passou a negociar estas vendas por grupos de Whatsapp e vendeu cerca de R$ 1.300, somente com o estoque. E, assim, a marca lançou o sistema de delivery para ajudar os franqueados de shoppings.
Em junho, a franquia Escola do Mecânico resolveu movimentar os grupos das redes sociais, criando a campanha “Movendo Vidas”, pela qual doará 300 bolsas de estudo para pessoas desempregadas, ou sem condições de pagar por um curso. Quando lançada, a ação possibilitou mais de mil inscrições, além de ter proporcionado aumento de usuários no site em 54%, e no número de leads de 50%.
A rede Gigatron criou um grupo no Telegram para possíveis interessando no modelo de franquia, no qual disponibilizam conteúdos e como as soluções das marca podem resolver a rotina do empresários no Brasil, principalmente neste momento de adaptação por conta da pandemia. Com base em uma estratégia de Inbound Marketing, a empresa conquistou interessados que se cadastraram no site da empresa.
A unidade de Birigui, da rede Via Certa, utiliza uma listagem de cadastros para disparar mensagens via Whatsapp com descontos especiais em todos os cursos. Para os interessados basta acessar um link, fazer o cadastro e receber a bolsa com 50% de desconto. Com esta ação, em apenas um dia, a empresa conseguiu 10 novas matrículas e mais de 60 pessoas interessadas.
Sinamara Rolo, franqueada da Não+Pelo, de Belém (PA), sofreu grande impacto logo no primeiro trimestre do ano por causa da quarentena e lockdown no estado, após um investimento feito em sua unidade. Para atenuar o prejuízo no faturamento, ela fechou uma parceria com a Cielo, que envia um link para que ela mantenha comunicação, sobre vendas e promoções, com sua base de clientes através do WhatsApp e Instagram. E isso deu a ela um bom retorno, já que conseguiu arcar com as despesas fixas, como aluguel, luz e água.
A especialista Monica Lobenschuss mostrou o porquê e como as empresas devem se aproveitar destas ferramentas. “Nos grupos é possível criar uma conexão mais próxima com as pessoas e interagir de várias formas, distribuindo conteúdos em textos, áudios, vídeos, enquetes, etc. Mas ressalto que os grupos nas redes sociais devem ser usados como estratégia de engajamento e para que as empresas possam colocar links de landing pages para trazer os usuários para dentro do seu funil de vendas. É muito importante conseguir nomes, telefones e e-mails para ter os contatos dos interessados. Cada rede social é uma empresa e pode mudar as regras a qualquer momento, por isso, é vital ter estes dados e poder mudar de estratégia, se for necessário”, indica.
Além da estratégia, é fundamental que o empreendedor saiba utilizar de forma correta seus planos de ação nas redes. “A melhor maneira de usar os grupos é ter um planejamento de marketing para esse canal de vendas, relacionamento e fidelização. O ideal é pensar na persona das marcas, ou seja, no seu público-alvo. Depois, analisar o objetivo final, a oferta que será feita, os conteúdos e ações que deverão acontecer para trabalhar o engajamento e a conscientização das pessoas em relação à necessidade e desejo daquela marca e oferta. Tudo precisa ter datas e horários, para que haja consistência na comunicação. Além disso, é fundamental ter um bom gestor para o grupo, que coloque regras, modere as conversas e responda as pessoas”, orienta Monica.
Por fim, a especialista mostra como iniciar este processo. “A principal dica é começar a usar esse estratégico recurso de marketing, com um bom planejamento, além de acompanhar os resultados e melhorar sempre as ações. Além disso, teste as várias redes sociais para ver qual funciona melhor para a sua marca. Muitas empresas, por exemplo, já começaram a usar o Telegram, que permite grupos muito grandes e outras ações diferenciais”, finaliza Lobenschuss.
Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias
