Casal supera falência e cria franquia de alimentação natural

Casal supera falência e cria franquia de alimentação natural

Gustavo e Suzana Dinamarco fundaram a Sucos S/A em 2009 em um pequeno quiosque de um shopping em Araçatuba e hoje já possuem mais de 10 unidades

Gustavo e Suzana Dinamarco são os sócios-fundadores da Sucos S/A, franquia de alimentação saudável e que oferece em seu cardápio uma variedade de sucos e saladas. Hoje, a rede fatura mais de R$ 450 mil por mês e já conta com mais de dez lojas com forte presença em shoppings. Mas essa trajetória de sucesso, que começou em 2009 na cidade de Araçatuba (SP), nem sempre foi assim.

Antes de fundar a Sucos S/A, Gustavo empreendeu e trabalhou em algumas empresas. Na infância, vendia gelinho. Na adolescência, alface e ingressos de casa noturna para ajudar nas contas. “Eu tinha vergonha porque nessa época minha família passava por uma fase difícil e eu não sabia muito bem como lidar com isso”, lembra.

Em uma das empresas em que trabalhou, conheceu Suzana, sua esposa. Com ela, enfrentou alguns perrengues no empreendedorismo, como quando trabalhava em uma distribuidora de produtos alimentícios. “Por dia, eu visitava de 50 a 60 clientes. Era puxado, mas vi uma oportunidade ali”, conta.

Para aumentar a renda, Gustavo aproveitou as visitas para vender bebidas alcoólicas por conta própria. Naquele primeiro momento, deu certo, tanto que, em 2007, resolveu abrir a própria distribuidora, vendendo uma gama maior de produtos.

Nesta época, Suzana trabalhava em um frigorífico e ajudava o marido a comprar os produtos. “A gente fazia uma pesquisa em três ou quatro supermercados para encontrar o melhor preço e, assim, lucrar um pouquinho mais. Era bem corrido”, comenta.

Foi então que Suzana ficou grávida e, logo em seguida, perdeu o emprego. Agora, a única fonte de renda vinha da distribuidora do marido, que já não estava indo tão bem assim. “Falimos em um ano”, lembra Gustavo.

Naquela situação, o jeito foi pedir dinheiro emprestado para o pai e, com isso, reerguer a distribuidora. Em paralelo, Suzana fazia e vendia trufas e chocolates. “Cheguei a vender 250 ovos na Páscoa”, conta.

Porém, o resultado com a distribuidora foi o mesmo: em um ano, a segunda falência seguida. O que fazer?

Volta por cima

O ano de 2009 foi especial para o casal. Por acaso, Suzana viu em um anúncio de jornal a venda de um quiosque de sucos em um shopping local. A oportunidade era boa, então, decidiram encarar esse novo desafio.

Logo nos primeiros meses, perceberam que o negócio dava lucro e que podia crescer. “Eu disse para a Suzana que aquele era o caminho”. E era mesmo. Tanto que em 2010, abriram a segunda loja, em Birigui (SP). No ano seguinte, a terceira, também em Araçatuba.

Em 2017, tinham oito lojas próprias no interior de São Paulo e uma em Contagem (MG), ambos se dividindo na gerência do negócio. Foi nessa época que a Sucos S/A fez uma correção na rota e uma adaptação que mudaria o patamar da marca.

Estava quase tudo certo para o casal fechar o contrato de mais uma loja em um shopping local de prestígio. “Porém, eles queriam uma loja com um mix maior de refeição saudável e a gente só vendia suco, então, pensamos em começar a oferecer salada, afinal, se nosso propósito é promover saúde, por que não fazer isso também por meio de refeições e se diferenciar dos concorrentes?”, lembra Gustavo.

Foi uma ótima escolha. A Sucos S/A avançou para um novo caminho, agora se posicionando como um restaurante de alimentação saudável. “Hoje, as saladas representam cerca de 70% dos pedidos”, conta Gustavo.

Atualmente, o cardápio conta com mais de 20 opções de refeições, dentre elas, monte sua salada, tapioca e sanduíches naturais. E para se ter ideia, com essa adaptação o ticket médio das lojas aumentaram 25%.

Além disso, Gustavo destaca a presença das lojas em shopping. Das dez em operação, seis estão em praças de alimentação. “Apesar de tudo, entendemos que os shoppings continuam sendo um grande centro de alimentação das cidades, embora nossas lojas também tenham boa rentabilidade em outras praças”.

Com um modelo de negócio consagrado, era hora de franquear. O casal buscou informação para padronizar o negócio e transformá-lo em uma rede. Foi um longo ano de trabalho até se encaixarem no formato. Em 2019, a Sucos S/A era oficialmente uma franquia e já comercializava unidades.

Então, veio o ano de 2020 e, com ele, a pandemia. As lojas ficaram fechadas até agosto. “Quando voltamos, apareceram novos interessados em adquirir uma unidade. Vendemos para Jundiaí, Bauru, Penápolis e recebemos o convite para montar em São José do Rio Preto”, diz Gustavo.

Para este ano, a meta da Sucos S/A é de inaugurar mais quatro unidades e outras cinco no ano que vem. “Hoje, as pessoas se preocupam mais com a alimentação e procuram por estabelecimentos que possam oferecer essas refeições. A Sucos S/A, como já comprovamos, é uma ótima opção de investimento dentro deste segmento que, ao que tudo indica, não tem marcha a ré, pelo contrário, só cresce”, finaliza.

Investimento total: a partir de R$ 150 mil
Faturamento médio da unidade: R$ 55 mil por mês
Lucro mensal: entre 25% e 30% sobre o faturamento bruto
Prazo para retorno: entre 22 e 30 meses
Taxa de franquia: R$ 30 mil
Capital de giro: R$ 15 mil
Royalties: 5% sobre o faturamento bruto
Taxa de publicidade: 50% do salário mínimo vigente

Fonte: assessoria de imprensa

Por Rafael Gmeiner
Editor do site Mundo das Franquias


Agência VitalCom
Rafael Gmeiner

Rafael Gmeiner

Jornalista, especialista em Produção de Conteúdo e Assessoria de Imprensa. Atualmente é CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias. Há 20 atuando com Jornalismo e Comunicação, conta sua experiência com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites, e acumula sete anos no segmento de Franquias